O governo acaba de anunciar um pacote de medidas para estimular a compra da casa própria para a classe média. A partir de janeiro de 2019, trabalhadores que desejarem utilizar o saldo do FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço) para a compra do imóvel poderão adquirir unidades à vista ou financiada de até R$ 1,5 milhão, em todo o país.

Para quem vai financiar o imóvel, o contrato tem que ser assinado pelo Sistema Financeiro de Habitação (SFH). Isso significa juros de até 12% ao ano mais a correção pela TR (Taxa Referencial). Hoje, este valor varia de acordo com a região. No Rio de Janeiro, São Paulo, Minas Gerais e Distrito Federal, o teto é de R$ 950 mil. Já para as demais regiões, o valor não pode ultrapassar R$ 800 mil.

Vale lembrar que o novo teto de R$ 1,5 milhão vai beneficiar também quem comprar imóvel pelo sistema de consórcio.

Outra medida anunciada pelo governo e aprovada ontem pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) diz respeito às normas para os bancos utilizarem os recursos depositados na caderneta de poupança para o financiamento imobiliário, além de criar incentivos para que as instituições financiem imóveis de até R$ 500 mil. As mudanças entrarão em vigor em janeiro de 2019 e a estimativa é alcançar cerca de R$ 80 bilhões com novos empréstimos até 2024.

O CMN permitiu também que os bancos façam operações utilizando outros índices além da Taxa Referencial (TR). Isso significa que os financiamentos imobiliários poderão ser corrigidos pela inflação, por exemplo. No entanto, para o diretor de Regulação do Banco Central, Otávio Damaso, essa alteração não deverá aumentar o custo para o mutuário porque os bancos não costumam cobrar juros de 12% ao ano para a compra do imóvel. Empresários do setor acreditam que as mudanças vão dar fôlego ao mercado, já que as condições de crédito ficarão mais acessíveis principalmente para a classe média, além de estimular a geração de empregos na construção civil.

 

fonte: http://www.mercadoimobiliario.net/valor-imovel-fgts/